• Sábado, 07 de Setembro de 2024

Líder religiosa e marido foram mortos carbonizados pelo 'neto' em aldeia indígena; homem usou cachaça para atear fogo

Robson Rocha era neto de consideração da vítima e confessou o crime. A rezadora, que é da etnia guarani-kaiowá, e o marido foram encontrados mortos dentro da casa em que moravam, na aldeia Guassuty, em Aral Moreira (MS).

G1 MS

1997

A líder religiosa da etnia guarani-kaiowá, Sebastiana Gauto, foi assassinada pelo pelo neto de consideração, Robson Rocha, de 26 anos, na aldeia Guassuty, em Aral Moreira (MS). A vítima e o marido, Rufino Velasque foram encontrados carbonizados. De acordo com a Polícia Civil, o suspeito usou cachaça para atear fogo no local onde o casal morava.

 

Ao g1, o delegado que investiga o caso, Maurício Vargas, informou que o suspeito confessou o crime.

 

“A vítima e o autor tinham uma relação de parentesco. Em depoimento ele confessou o crime e disse que era neto de consideração da mulher. Eles tinham uma relação de avó e neto. "A motivação do crime ele [disse que] não sabe qual é, disse que apenas fez. O suspeito jogou cachaça na casa e ateou fogo”.

 

Robson foi preso em flagrante pela Polícia Civil na tarde desta segunda-feira (18).

 

Sebastiana era a rezadeira da comunidade Guassuty. A líder religiosa e o marido foram mortos na casa que também era utilizada para realizar rituais espirituais tradicionais da comunidade indígena.

 

Imagens do local completamente destruído mostram os corpos das vítimas carbonizados, e a casa da líder religiosa, incendiada. 

 

O coordenador regional da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) em Ponta Porã, Tonico Benites, explicou que Sebastiana era a Ñande Sy da aldeia – termo que no guarani significa “nossa mãe”.

 



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