Política
Presidente do Podemos tem reunião com Riedel para discutir fusão com PSDB
Encontro acontece durante viagem bate e volta de Renata Abreu a MS nesta quinta-feira (20)
POR FERNANDA PALHETA
— 154Almoço com vereadores e deputados, encontro com o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), entrevista com a imprensa, constituem a agenda da presidente nacional do Podemos, deputada federal, Renata Abreu em Mato Grosso do Sul, nesta quinta-feira (20). No centro do debate sobre a conjuntura da legenda regionalmente e construção de chapa para 2026, está a possibilidade de fusão com o partido tucano.
No primeiro compromisso hoje, logo depois que chegou à cidade, em entrevista ao Campo Grande News, ao lado a senadora Soraya Thronicke (Podemos), a presidente nacional do Podemos se mostrou animada com a ideia e descreveu os dois partidos como complementares, o que tornaria todo o processo mais fácil e natural. O tema já foi discutido, inclusive, com o presidente estadual do PSDB, o ex-governador Reinaldo Azambuja.
“A ideia é mostrar a potência que nós nos tornamos juntos. Estamos falando de uma bancada de vereadores - que são base de uma chapa de deputado - que ultrapassa o PL no Brasil. Estamos falando de um fundo eleitoral que ultrapassa os Republicanos e fica próximo do MDB. Com isso, você se torna uma força política importante para 2026, formada por dois partidos que são muito complementares, que tem muito alinhamento, inclusive ideológico”, descreveu Renata.
Em contrapartida, o PSDB agregaria fortalecendo a legenda onde ela não tem folego no Brasil. Mato Grosso do Sul, por exemplo, se tornou o último reduto tucano no País, com governador, três deputados federais, seis deputados estaduais, a maior bancada da Câmara Municipal de Campo Grande, com cinco vereadores, e 44 das 79 prefeituras do Estado. Já o Podemos em Mato Grosso do Sul tem uma cadeira no Senado, um deputado estadual eleito, dois representantes na Câmara Municipal de Campo Grande e um prefeito.
Nacionalmente, as legendas deram sinais de aproximação durante a eleição da presidência do Senado Federal, em que dois parlamentares do Podemos migraram para o ninho tucano, fortalecendo a legenda. “Nós emprestamos nesse namoro”, disse Renata. Para ela, o namoro pode ter futuro e acredita que a incorporação ao PSD do secretário de Governo de São Paulo, Gilberto Kassab está descartada. “Quem fundou o PSDB não aceita a incorporação, se o PSDB foi incorporado pelo PSD, ele morre”, ratifica.
A proposta apresentada pelo Podemos segue na contramão. “Nossa ideia é fazer uma fusão e desenhar um novo projeto para o Brasil, como fizemos lá atrás. Eu acho que, hoje, os partidos precisam se reinventar o tempo todo. A sociedade já é assim. Antigamente as marcas eram algo muito consolidado, hoje cada dia está diferente. É a tendência chamada as marcas vivas, porque a sociedade muda o tempo todo. E os partidos políticos representam a sociedade. Se a gente não tiver antenado nas mudanças, a gente morre”, disse.
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