• Quinta, 17 de Abril de 2025

Casos de chikungunya disparam em 2025 com duas mortes sob investigação

Dados atualizados até o fim de fevereiro mostram mais de dois mil casos prováveis da doença em Mato Grosso do Sul e 233 casos confirmados

CORREIO DO ESTADO / DA REDAÇÃO

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Última vez que Mato Grosso do Sul registrou morte por chikungunya foi há cerca de três anos, - Reprodução/SES/Bruno Rezende

Mato Grosso do Sul vê uma 'explosão' nos casos prováveis de chikungunya neste ano, com 233 confirmados e mais dois mil prováveis, com duas mortes sob investigação no Estado até a última semana de fevereiro. 

O Ministério da Saúde mantém painel para monitoramento e atualização das ocorrências ligadas a arboviroses (dengue, zika e chikungunya), com esse último apontado para exatos 2.122 casos prováveis em 2025. 

Além disso, há duas mortes prováveis por chikungunya sob investigação em Mato Grosso do Sul, registradas em Mundo Novo e Dois Irmãos do Buriti nas oito primeiras semanas epidemiológicas no Estado. 

Já na primeira semana epidemiológica, o número de casos prováveis neste ano já era maior que os registrados em 2023 e 2024 com, respectivamente, 57 e 37 ocorrências a mais que os anos anteriores.

E enquanto 2023 e 2024 registraram, na oitava semana, 68 e 92 casos prováveis, 2025 já anotava 656 ocorrências suspeitas de chikungunya no período correspondente. 

Se comparado o total das oito primeiras semanas epidemiológicas em Mato Grosso do Sul, 2024 teve apenas 287 casos prováveis no período, número 639% mais baixo que a atual incidência. 

Vale lembrar que existe vacina contra a chikungunya, produzida pelo Instituto Butantan e pela farmacêutica franco-austríaca Valneva, como publicado pelo Correio do Estado, que mantém produção de anticorpos após um ano de aplicação, conforme resultado de 98,3% dos adolescentes imunizados em ensaio clínico. 

Análise de casos

Conforme o último boletim divulgado pela vigilância epidemiológica, da Secretaria de Estado de Saúde, 233 casos já foram confirmados como positivos para chikungunya em 2025.

Importante explicar que 'casos prováveis' incluem aqueles em investigação, confirmados e ignorados, não englobando apenas os devidamente descartados. 

Segundo a SES, a última vez que Mato Grosso do Sul registrou uma morte por chikungunya foi há cerca de três anos, quando o Estado fechou 2022 com três óbitos em decorrência da doença. 

Dos casos confirmados no total até o momento, o 'ranking' dos cinco municípios de MS com mais ocorrências positivas é ocupado pelos seguintes municípios. 

Já as incidências são calculadas e classificadas com base nos casos a cada 100 mil habitantes, com as maiores taxas em Mato Grosso do Sul, segundo os casos confirmados pela SES, ficando para os municípios de: 

374,6 - Pedro Gomes 372,0 - Sonora 277,7 - Glória de Dourados

Dos casos prováveis até então, mais da metade (57%) foram registrados no sexo feminino, sendo as pessoas pardas e brancas (51,77% e 38,80% respectivamente) aparecem com o maior percentual de casos prováveis. 

Por faixa etária, tanto para pessoas do sexo masculino como do feminino, a maior incidência de casos aparece em adultos entre 20 e 29 anos.     



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